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Junho Preto: mês de combate ao melanoma

  Neste mês, é comemorado Junho Preto, destinado à conscientização e prevenção de melanoma. Considerado o tipo mais grave de câncer de pele, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou que no triênio 2020-2022 ocorreram 8.450 novos casos da doença no Brasil, dos quais resultaram 1.923 mortes. O Ambulatório de Oncologia da Santa Casa de Votuporanga conversou com a enfermeira responsável Lilian Curti para falar sobre a patologia. O que é? O câncer de pele melanoma tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e é mais frequente em adultos brancos. O melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Nos indivíduos de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão. “É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos).”, alertou. Sinais O melanoma pode surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada. A manifestação da doença na pele normal se dá após o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação. Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente ocorre aumento no tamanho, alteração na coloração e na forma da lesão, que passa a apresentar bordas irregulares. Diagnóstico A enfermeira explicou que a detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença. Ela enfatizou a importância do diagnóstico precoce. “Possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação ou com alterações em uma pinta já existente, que venha a aumentar de tamanho, mudar sua cor e forma, passando a apresentar bordas irregulares”, disse. Uma regra adotada internacionalmente é a do “ABCDE” que aponta sinais sugestivos de tumor de pele do tipo melanoma:   Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra; Bordas irregulares: contorno mal definido; Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul); Diâmetro: maior que 6 milímetros; Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor). Tratamento A cirurgia é o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas dependendo do estágio do câncer. Quando há metástase (o câncer já se espalhou para outros órgãos), o melanoma, hoje, é tratado com novos medicamentos, que apresentam altas taxas de sucesso terapêutico. A estratégia de tratamento para a doença avançada deve ter como objetivo postergar a evolução da doença, oferecendo chance de sobrevida mais longa a pacientes que anteriormente tinham um prognóstico bastante reservado. Prevenção Como os outros tipos de câncer de pele, o melanoma pode ser prevenido se a exposição ao sol nos horários das 10 às 16 horas for evitada, quando os raios são mais intensos, uma vez que o maior fator de risco para o seu surgimento é a sensibilidade ao sol. “Mesmo em outros períodos do dia, recomenda-se procurar lugares com sombra, usar proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuro com proteção UV, sombrinhas e barracas. Aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro (protetor) solar com fator de proteção 15, no mínimo, e usar filtro solar para os lábios”, finalizou Lilian.