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Santa Casa: identificação rápida e tratamento adequado de sepse

A Santa Casa de Votuporanga completou um ano de protocolo gerenciado de Sepse, uma das principais causas de mortalidade hospitalar. Em parceria com o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), a Instituição investiu em medidas simples, aliadas ao envolvimento da gestão do Hospital, para garantir a identificação rápida e tratamento adequado. A coordenadora do Instituto, Dra. Flávia Ribeiro Machado, esteve nesta terça-feira (3/3) no auditório do Espaço Unifev Saúde para mais uma etapa do protocolo. Uma reunião foi realizada para apresentar os avanços e os desafios. Dra. Flávia ressaltou que a Santa Casa está diagnosticando mais rápido os casos de sepse. “Estudos mostram que a identificação precoce através de sinais de alerta, como febre, hipotermia, aceleração da respiração, sonolência, hipotensão e confusão mental, e o início de tratamento com antibiótico adequado e hidratação com soro fazem a diferença na sobrevida desse paciente. Os profissionais do Hospital estão mais conscientes de como a doença se manifesta com medidas de prevenção e detecção, contribuindo potencialmente para o cumprimento de protocolo e salvando vidas”, afirmou. A chave para o tratamento correto é a integração entre médicos e enfermeiros desde a entrada no pronto-socorro até a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com suporte dos serviços de apoio de exames laboratoriais e de imagem. A adoção do protocolo envolvendo toda a equipe assistencial ajuda a reconhecer se determinada infecção pode evoluir para sepse. O coordenador da rede de urgência e emergência, Dr. Chaudes Ferreira Júnior, destacou que o paciente que apresenta os sinais de alerta para a sepse deve receber o tratamento em até uma hora após a identificação destes sintomas. “Nós utilizamos o código amarelo para este indivíduo, representando que ele tem prioridade de atendimento e receberá assistência específica imediatamente. São medidas simples, mas que fazem parte da rotina do Hospital, através de campanhas de sensibilização para aplicação dos protocolos”, disse. Dr. Chaudes ressaltou que a Instituição está mais familiarizada com os casos. “Antigamente, a sepse era comumente chamada de ‘infecção generalizada’, mas sabemos que tudo acontece quando o paciente tem uma resposta inadequada para combater um foco de infeccioso, que causa danos em outros órgãos e funções do corpo”, explicou. Uma pneumonia ou infecção urinária, por exemplo, já pode desencadear o quadro, segundo o coordenador. Ele apresentou dados do ILAS que mostram que a chance de morte de pacientes com a síndrome é de 55% no Brasil, enquanto em outros países essa taxa é de 30% a 40%. O país também possui cerca de 30% de seus leitos de UTIs ocupados com pessoas com sepse. Segundo o especialista, o tempo é um fator preponderante: “Nos casos de choque séptico, cada hora de atraso na administração do antibiótico aumenta de 6 a 7% o risco de mortalidade”, revelou. O provedor da Santa Casa, Luiz Fernando Góes Liévana, ressaltou a importância da implantação deste protocolo. “Essa parceria com o Instituto Latino Americano de Sepse reflete o investimento contínuo do Hospital em qualidade e segurança na assistência a seus pacientes”, finalizou.