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Fisioterapia adota posicionamentos funcionais aliado ao tratamento de COVID-19

A Santa Casa de Votuporanga realiza um tratamento multidisciplinar contra o Coronavírus (COVID-19). A Instituição tem apostado em uma técnica de fisioterapia simples, mas capaz de melhorar a função dos pulmões dos assistidos.

Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e na enfermaria específicas para tratamento da patologia, os pacientes estão ficando em rodízio de posicionamentos corporais, estando por um tempo deitados sobre o peito e com o rosto para baixo, também conhecida como posição de bruços nos leitos. Esse método chamado Prona tem beneficiado aqueles acometidos por insuficiência respiratória.

O procedimento foi recomendado, em março, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para pacientes com o novo vírus em Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e é utilizada, desde os anos 1970, com maior expansão a partir de meados da década de 1980.  “Desde o primeiro assistido com característica grave e necessidade de ventilação mecânica no Hospital, estamos utilizando a técnica de Prona na UTI. Nas enfermarias, iniciamos em maio, após criteriosa análise dos benefícios para aqueles que estão em respiração espontânea”, explicou a coordenadora de Fisioterapia, Fernanda Menezes.

O protocolo é realizado por uma equipe composta por um fisioterapeuta, um médico e três profissionais de enfermagem.  Para a realização da manobra, é necessária muita capacitação para realizar com exatidão todos os procedimentos. “Estamos em treinamento constante. A técnica exige habilidade e exatidão, pois falhas devem ser minimizadas”, ressaltou a supervisora de Fisioterapia, Emília Rodrigues de Faria e Ferreira.

A Prona surte efeito aplicado de forma precoce (nas primeiras 48 horas de insuficiência respiratória) melhorando a condição do paciente e, consequentemente, reduzindo a taxa de mortalidade. “Os pulmões são muito acometidos pela COVID-19.  No método (de bruços), há melhora na captação e distribuição de oxigênio pelo parênquima pulmonar, reduzindo assim, uma das condições mais prevalentes nos pacientes com a doença: a hipoxemia. Também facilita a abertura de alvéolos que não participavam da respiração em posição supina (dorso), proporcionando melhores trocas gasosas”, finalizou.